quarta-feira, 20 de abril de 2011

Festival Pernambuco Nação Cultural - 04 a 11 de abril de 2011- Mata Norte

Durante o Festival Pernambuco Nação Cultural - Mata Norte, foi realizada no dia 07 de abril, em Goiana, a oficina institucional Patrimônio e Preservação. Os participantes eram, em sua maioria, vinculados às Secretarias de Educação, Turismo, Cultura, Urbanismo e Obras, além de representantes de Pontos de Cultura e membros das Comissões Regionais de Cultura. Compareceram à oficina 24 pessoas dos municípios de Itambé, Goiana, Itaquitinga, Macaparana, Nazaré da Mata, Timbaúba, Tracunhaém e Aliança. 

Foram debatidos temas relacionados à Preservação do Patrimônio Cultural, tais como Identidade, Memória, História, Meio Ambiente, Cultura e Cidadania, por meio de dinâmicas e trocas de experiências entre os participantes e o Núcleo de Educação Patrimonial da Fundarpe. 

Confira algumas imagens da oficina!


Oficina Patrimônio e Preservação - dinâmica Identidade - Goiana 07/04/11

Oficina Patrimônio e Preservação - dinâmica Legado Cultural - Goiana 07/04/11

Oficina Patrimônio e Preservação - dinâmica Legado Cultural - Goiana 07/04/11

Oficina Patrimônio e Preservação - Goiana 07/04/11

Oficina Patrimônio e Preservação - Goiana 07/04/11





Educação Patrimonial - Novas abordagens


Sede da Fundarpe - Foto: Isabella Valle
Diomedes Neto
A educação patrimonial tem como missão alinhar os conhecimentos adquiridos em suas atividades com as próprias necessidades das populações envolvidas, promovendo um entendimento entre as gerações e as diferentes culturas e ativando posturas críticas sobre valores estabelecidos e modos de viver.
Essa conscientização permite ao indivíduo enxergar-se como parte de um longo e complexo processo histórico e se auto-afirmar como cidadão atuante, ciente de seus direitos e deveres. Suas fundamentações estão firmadas nos campos da Educação (tomando seus métodos como referência), da Educação Ambiental (que apresenta problemas semelhantes) e da animação sociocultural (estratégias firmadas na participação dos cidadãos na resolução de problemas atuais).
Suas mais diversas abordagens florescem em um momento de mudança nos paradigmas da gestão patrimonial, que não mais limitam-se à aplicação das leis, mas também buscam agregar todos os indivíduos sociais na sua gestão, com vias ao desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, ações sistemáticas de educação patrimonial junto às comunidades nos processos de tombamento e registro do patrimônio cultural se tornam essenciais.
Dentre essas ações, além de atividades direcionadas à educação formal, capacitações voltadas aos técnicos especializados, estratégias de roteiros e ofertas turísticos construídos pela própria comunidade, organização de fóruns e escutas juntamente com as comunidades a fim de se definir estratégias de ação participativas, atividades que busquem integrar os valores patrimoniais na vida dos cidadãos, programas que envolvam diferentes comunidades e mesmo municípios com vistas a promover diálogos inter culturas, etc.
O modelo proposto tem suas premissas nas ações educativas, estratégias centradas nas pessoas e não nos bens culturais, entendidas estas como transformadoras dos contextos sócio-culturais, a questionar realidades e identidades impostas e pré-estabelecidas.